Ainda me lembro dos aromas salgados da sua pele, do balanço das aguas de seus olhos, do tambor que rufava em teu peito.
Posso sentir cada um de teus toques. Desejo-os.
Minha essência ainda é cheia de vultos teus.
Mas a respeito disso, me calo.
É minha grande doença.
E só você há de me curar.
Foto pink

quinta-feira, 29 de novembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
BARATAS
Narrativa de um sonho
Trancada num minúsculo quarto. Uma cadeira, uma mesa, um prato de comida e duas baratas do tamanho do meu medo cercando o alimento. Eu. Consumida por uma repulsa e desespero que dominava minhas vísceras. Chorava enquanto tremia encostada no cantinho da parede. Nojo daqueles insetos ancestrais e ferozes que ameaçavam voar. Claustrofobia fatal.
Uma porta impossível de se ver se abre. Aquele homem sinônimo de nada, sinônimo do fracasso, da desistência entra no cômodo. Palavras simples. "Foi disso que eu tive medo." Ele parte.
Enxugou suas lágrimas. Livrou-se do apoio da parede. Andou até a mesa. Enfrentou olho a olho os dois animais que tanto lhe desestruturavam. Com a mãe esquerda pegou um deles. Levou a barata até seus lábios. Fechou os olhos. Mordeu o animal em sua metade. Mastigou percebendo cada milímetro do gosto da essência do inseto. Aquela era exatamente a essência da mulher. A essência de todas as coisas.
Libertou-se de suas fraquezas. Entendeu sua essência ancestral. Aceitou-se. Abriu as portas do quarto, que tornaram-se nítidas e seguiu vivendo.
domingo, 7 de outubro de 2012
Oração
Antes de qualquer coisa peço ao tempo que ele me traga a sabedoria que a solidão exige.
Hoje desejo um homem com o molde perfeito para o meu colo. Amanhã esse homem partirá. Permanecerei inteira. Sentirei falta daquele excesso, o que no casa deixa de ser falta, é a perda do luxo, e só. Estarei absolutamente inteira. Cheia de mim. Gozando o cheiro da minha pele e a terra filtrada pelos meus pés.
Quero trepar com o mundo. Trepar com a minha carne. Dispensar qualquer par de braços que envolvam meu calor.
Me bastarei.
Hoje desejo um homem com o molde perfeito para o meu colo. Amanhã esse homem partirá. Permanecerei inteira. Sentirei falta daquele excesso, o que no casa deixa de ser falta, é a perda do luxo, e só. Estarei absolutamente inteira. Cheia de mim. Gozando o cheiro da minha pele e a terra filtrada pelos meus pés.
Quero trepar com o mundo. Trepar com a minha carne. Dispensar qualquer par de braços que envolvam meu calor.
Me bastarei.
sábado, 22 de setembro de 2012
Para o garoto do ar
Você menino de vento,
Pisa na terra do chão,
E me faz flutuar meio ao seu ar.
Me permite entrar no mundo de destinos,
me faz esquecer,
que na realidade são só coincidências.
Por que não tenho coragem de aceitar?
Aquilo que é para mim,
Não é para você.
Pisa na terra do chão,
E me faz flutuar meio ao seu ar.
Me permite entrar no mundo de destinos,
me faz esquecer,
que na realidade são só coincidências.
Por que não tenho coragem de aceitar?
Aquilo que é para mim,
Não é para você.
domingo, 9 de setembro de 2012
Sobre o filho da ausência
A AUSÊNCIA exercia sua indiferença enquanto contemplava o
tempo/espaço no instante em que o seu filho surge. Ela, meio que por associação
dá ao garoto leite e pão. Após ingerir os alimentos a criança cresce imediantamente e toma as
formas de um adulto. Então, o homem passa a ouvir as vozes do mundo. Ele olha
para seu pai como quem pede as lições para aprender a falar. O pai silencia, é
indiferente. O homem parte. Aprende o significado das palavras mundo a fora.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Dedicatória
Te dedico um coletivo de suspiros apaixonados.
Dedico o olhar mais atravessador de almas.
Dedico o sal grosso que saltou dos meus olhos rejeitados.
Dedico o nó que atravessou minha garganta.
Dedico um corpo que por tempos não fui capas de carregar.
Dedico a estreia de minha loucura enrustida.
Dedico meu coração frio, seco.
Dedico minha embriagues.
Dedico minha dança através do tempo/espaço.
Dedico a minha luta.
Dedico os gritos de orgasmos com que presenteei todos os outros.
Dedico meu estômago repleto de gozo desconhecido.
Te dedico minha histeria feminina.
Obrigada por ter me feito mulher. Mas agora eu decidi ser feliz.
Dedico o olhar mais atravessador de almas.
Dedico o sal grosso que saltou dos meus olhos rejeitados.
Dedico o nó que atravessou minha garganta.
Dedico um corpo que por tempos não fui capas de carregar.
Dedico a estreia de minha loucura enrustida.
Dedico meu coração frio, seco.
Dedico minha embriagues.
Dedico minha dança através do tempo/espaço.
Dedico a minha luta.
Dedico os gritos de orgasmos com que presenteei todos os outros.
Dedico meu estômago repleto de gozo desconhecido.
Te dedico minha histeria feminina.
Obrigada por ter me feito mulher. Mas agora eu decidi ser feliz.
Menino (a)
Enquanto
pedalava o mais rápido que conseguia, André olhava para os olhos de sua Mãe e
entendia o significado da palavra carinho. O mormaço mineiro, não o
desestimulava a correr com o seu bibi. A recompensa era absolutamente válida.
Um abraço eufórico e caloroso da Mãe. Eventualmente seu Pai participava desses
momentos. O Pai era um homem sério, de poucas palavras. Ele costumava
fotografar o filho e a esposa brincando, e depois voltava para casa. A sessão
de fotos ocorria umas quatro vezes ao ano, e estes eram basicamente os momentos
de afeto que o filho compartilhava com o Pai.
André
amava muito seu pai. Mas o sentimento que tinha pela Mãe era uma espécie de
idolatria.
Enquanto
o Pai estava no trabalho e a Mãe preparava o jantar, o passatempo do garoto era
abrir o guarda-roupa da Mãe e usar todos aqueles adereços que lhe eram mágicos.
Vestido com os panos da Mãe, usando seus
perfumes e bijuterias André sentia que era capaz de transformar o oxigênio do
universo em suspiros de amor e carinho. Era a sensação de ser um verdadeiro
super-herói. Esse momento de contato com
o universo materno era um de seus grandes segredos. Não tinha consciência do
que aquilo significava, mas era um momento que o garoto presava por guardar
como se fosse somente dele.
Na
adolescência o garoto já tinha como parte de sua alma essa paixão pelo universo
feminino. Os perfumes, as cores, os brilhos. Era uma sinestesia que adentrava
seus sentidos e o fazia flutuar. Esse seu jeito leve de homem com alma de
garota fez com que o rapaz se aproximasse de Rafael. Rafael foi seu primeiro
amigo. Seu primeiro confidente. Essa amizade fez com que André percebesse que
todos os seus sonhos poderiam se realizar. Os dois começaram a trabalhar
juntos. Foram acumulando todos os adereços femininos possíveis. Vestidos,
saias, glitter, sutiãs, baton, rímels ficavam escondidos na parte de cima do
seu guarda roupa. Um grande sonho. Um grande segredo.
Essa
cumplicidade fez com que o desejo de se manter perto de Rafael fosse crescendo
progressivamente. Eles sempre se encontravam para ouvir Madonna e sair para
fazer compras. Momentos preenchidos por um desejo quente. Um dia os dois se
olharam instintivamente. Beijaram-se com a fome que só dois machos são capazes
de acumular. Neste dia André finalmente entendeu a sua essência.
Em uma tarde de sexta-feira nublada, André
chegou da escola e se deparou com seu Pai sentado na poltrona da sala. O homem
o fitava dos pés a cabeça, como quem tenta entender algo. Palavras duras. “Você
vai para o exército”. O garoto respondeu que tinha planos diferentes e seguiu
para o seu quarto. Susto, vergonha, medo. O Pai descobrira o arsenal feminino
do armário de cima. O quarto ainda tinha
o cheiro e calor do fogo. Todos aqueles encantos haviam se transformado na mais
amarga cinza.
André
saiu do quarto atônito. Olhou para o Pai, esperando que o homem dissesse algo.
Parecia que pela primeira vez o Pai fitava o garoto olho a olho. O ele não
disse nada. Levantou-se da poltrona. Se afastou devagar. Entrou pro
quarto, fechou a porta com cuidado e
nunca mais saiu.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Essa noite
Para essa noite quero uma garrafa de Whisky.
Quero o sexo de um desconhecido.
Gritar vulgaridades sujas.
Desfalecer meio a embriaguez.
E não pensar.
Meus pensamentos me enforcam.
E quem sabe um dia talvez,
acordar sorrindo.
Quero o sexo de um desconhecido.
Gritar vulgaridades sujas.
Desfalecer meio a embriaguez.
E não pensar.
Meus pensamentos me enforcam.
E quem sabe um dia talvez,
acordar sorrindo.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
A meretriz
Sou a prostituta mais barata da terra. Troco meu sexo por carinho, em tempos que abraços e trocas de olhares frágeis não possuem valor algum.
domingo, 5 de agosto de 2012
Segredo
- Então você quer que eu te conte um segredo? Bom, meu segredo é que na verdade eu não sou feliz. E se por fora aparento pura calma e paciência, por dentro sou eufórica e repleta de ódio. Tenho um amor difícil de sustentar. É ... Bom você saber disso, assim você foge o quanto antes.
domingo, 29 de julho de 2012
Euforia atípica
Essa minha paixao pelas experiências fora de rotina tornam a verdadeira essência da vida tao apatica... Voltar para o cotidiano é o mesmo que acordar de um sonho bom. Triste, sem brilho... Como tornar a rotina colorida?
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Remedio para os que sofrem de contamporeneidade
O primeiro passo para se curar dessa doenca eh plantar uma flor bem bonita no jardim. Para os que nao tem jardim, coloqueas num vaso de alegria, e cante para elas antes de ir dormir. A flor vai ficar tao feliz, mas tao tao feliz! Que vai te fazer acordar com vontade de sair andando pelas ruas da cidade, como um viajante encantado.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Descoberta
Caminhou envolta pela angustia da solidao.
Vontade louca de abandonar tudo.
E novamente cuspir suas lágrimas.
Como um lançador de facas exerce seu ofício.
Respirou. Enxeu o peito de uma substâcia amarga.
Lembrou daquele gozo que já fora capas de preenche-la.
Jamais seria o mesmo.
Diante dessa constaçao, desistiu.
Vitória da sabedoria.
E continuou seu caminho.
Independênte dos tempos passados.
Vontade louca de abandonar tudo.
E novamente cuspir suas lágrimas.
Como um lançador de facas exerce seu ofício.
Respirou. Enxeu o peito de uma substâcia amarga.
Lembrou daquele gozo que já fora capas de preenche-la.
Jamais seria o mesmo.
Diante dessa constaçao, desistiu.
Vitória da sabedoria.
E continuou seu caminho.
Independênte dos tempos passados.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Contrato de insanidade
Atravessar o tempo e o espaço nao é suficiente para ultrapassar uma paixao. Ai se eu soubesse...Que ao dizer sim a tal cegueira era o mesmo que dizer sim à loucura. Falta permanente de controle. Eu imploro à qualquer alma amiga para que ela me guie. Pois eu ainda nao posso enxergar nada.
terça-feira, 24 de julho de 2012
Receita para voar
A cada passo que dou em terras novas, deixo um pensamento meu estampado no chao do novo mundo. Uma troca, toda minha composiçao etéria vai para dentro da terra, e quando finalmente estou bem levinha, consigo sair voando por ai.
segunda-feira, 23 de julho de 2012
A estrada.
As viagens só ficam felizes quando transformamos a alma em poeira e a espalhamos pelo espaço novo.Na hora de voltar pra casa é só juntar tudo de novo. E verificar se ela está bem gordinha e feliz, cheia de viagem.
sábado, 21 de julho de 2012
Receita para fazer um amigo
Retire uma parcela do seu coração,
plante-a no peito da pessoa querida.
Regue com amor, risadas, palavrões e segredos.
Deixe o coração crescer e dourar lá dentro.
E por fim, se esqueça de tirá-lo de lá.
plante-a no peito da pessoa querida.
Regue com amor, risadas, palavrões e segredos.
Deixe o coração crescer e dourar lá dentro.
E por fim, se esqueça de tirá-lo de lá.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Poeira
Levanta a poeira da transformação.
Mas cuida de assentá-la novamente.
Antes que tudo morra no caos.
Mas cuida de assentá-la novamente.
Antes que tudo morra no caos.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Amantes sem futuro
Olharem-se profundamente.
Como se um quisesse devorar a alma do outro.
Toques suaves, intensos.
Agressão fantasiada de carinho.
Lábios, já salgados se tocam.
Completam-se.
Perdem a humanidade.
Mais uma vez aceitam dividir a alma com o outro.
Ele descansa seu sexo no dela.
Olham-se com toda a sabedoria da intuição.
Calma.
Adeus.
Como se um quisesse devorar a alma do outro.
Toques suaves, intensos.
Agressão fantasiada de carinho.
Lábios, já salgados se tocam.
Completam-se.
Perdem a humanidade.
Mais uma vez aceitam dividir a alma com o outro.
Ele descansa seu sexo no dela.
Olham-se com toda a sabedoria da intuição.
Calma.
Adeus.
sábado, 14 de julho de 2012
Sobre as amizades que atravessam o tempo
São aqueles irmãos de sangue diferente e almas siamesas. Um dia, eles olharam bem fundo um no olho do outro e deram as mãos. Respeitaram o tempo juntos. Para sempre.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
A estabilidade do tempo.
Ela, com seus pés nus
andou sobre a terra
cheiro de fim de chuva
pés vermelhos
cabelos.
Enrugaram-se. Envelheceram.
Parou.
Observou diante do espelho.
Em seguida...
Olhou através da grande janela.
Entendeu.
O tempo não passou.
Quem passou era ela.
andou sobre a terra
cheiro de fim de chuva
pés vermelhos
cabelos.
Enrugaram-se. Envelheceram.
Parou.
Observou diante do espelho.
Em seguida...
Olhou através da grande janela.
Entendeu.
O tempo não passou.
Quem passou era ela.
terça-feira, 10 de julho de 2012
E eu que me tornei qualquer coisa irreconhecível? Não reconheço minhas atitudes como minhas, e quando me vejo diante do que fiz meus olhos entram em prantos e pedem para que o passado se transforme.
Me tornei alguém sem qualquer brilho. Atiro para todos os cantos. Machuco quem está por perto. Justo esses que são os únicos que conseguem me amar, sabe-se lá como.
Não gosto dessa coisa que minha pessoa virou. E se eu ataco qualquer um é só para evitar que minha existência desgostosa os sufoquem cada vez mais. Ninguém merece o desprazer de minha companhia.
Me tornei alguém sem qualquer brilho. Atiro para todos os cantos. Machuco quem está por perto. Justo esses que são os únicos que conseguem me amar, sabe-se lá como.
Não gosto dessa coisa que minha pessoa virou. E se eu ataco qualquer um é só para evitar que minha existência desgostosa os sufoquem cada vez mais. Ninguém merece o desprazer de minha companhia.
Essência
A noite ainda úmida pelas gotas que caiam a pouco, com seu céu avermelhado de cidade e cheiro de Deus natural me fez sentir a paz que o ato de estar vivo carrega. Pois a essência da existência é a calma, e qualquer pertubação que carregamos é uma fuga. É não aceitar que existir é muito simples.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Meu Medo
Quando nasci, tive medo.
Depois que cresci, continuei com medo.
Se chorei, foi por medo.
Hoje, ainda tenho medo.
As luzes se apagam, grito por medo.
Fico sozinha, pulso meus medos.
Você vai embora, choro de medo.
Possessa de ódio, juro, isso é medo.
Se eu lhe sorrio é só pelo medo.
Tudo que faço, devido meu medo.
Nos dias que nasço, morro de medo.
Se me desfaço, é culpa do medo.
Não sei o que sou, por causa do medo.
Se algo me levou, só fui pelo medo.
Minha vida roubou. Maldito esse medo.
Depois que cresci, continuei com medo.
Se chorei, foi por medo.
Hoje, ainda tenho medo.
As luzes se apagam, grito por medo.
Fico sozinha, pulso meus medos.
Você vai embora, choro de medo.
Possessa de ódio, juro, isso é medo.
Se eu lhe sorrio é só pelo medo.
Tudo que faço, devido meu medo.
Nos dias que nasço, morro de medo.
Se me desfaço, é culpa do medo.
Não sei o que sou, por causa do medo.
Se algo me levou, só fui pelo medo.
Minha vida roubou. Maldito esse medo.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Sobre vestidos cor de rosa
Os vestidos cor de rosa são uma arma das moças tímidas para não deixar os meninos descobrirem sua mulherisse. Mas em baixo dos botões desses tecidos delicados e femininos sempre há uma mulher de coração quente, cheia de vontades secretas.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Soneto sobre amores que ficam em um só
Que mágica é essa que me conecta a você?
Independente da minha vontade, do meu querer.
Te guardo em meu peito sem me importar para a dor.
Penso diariamente em ti sem qualquer pudor.
Permite que eu me liberte dos teus encantos.
Como sofro meio a agonia dos meus prantos.
Me faz acreditar que não vais mais voltar.
Não aceite que eu fique a te esperar.
Eu não quero mais pensar
Na tua boca,
No teu olhar.
Sai de dentro de mim.
Ai moço, me ajuda!
Não posso continuar assim.
Independente da minha vontade, do meu querer.
Te guardo em meu peito sem me importar para a dor.
Penso diariamente em ti sem qualquer pudor.
Permite que eu me liberte dos teus encantos.
Como sofro meio a agonia dos meus prantos.
Me faz acreditar que não vais mais voltar.
Não aceite que eu fique a te esperar.
Eu não quero mais pensar
Na tua boca,
No teu olhar.
Sai de dentro de mim.
Ai moço, me ajuda!
Não posso continuar assim.
domingo, 25 de março de 2012
Pedido
Eu não peço por um grande amor.
Peço somente que eu tenha coragem de amar,
como ama aquele que não sofreu traumas.
Amar inconsequente.
Independente do sentimento do ser amado.
Presentear o outro com amor
sem desejar nada em troca.
Independente do amor própria.
Entrega absoluta.
Peço somente que eu tenha coragem de amar,
como ama aquele que não sofreu traumas.
Amar inconsequente.
Independente do sentimento do ser amado.
Presentear o outro com amor
sem desejar nada em troca.
Independente do amor própria.
Entrega absoluta.
Meus olhos viram
Evitar a dor é impossível.
Dor causada por visões distorcidas.
Que enxergam algo que não existe.
Dor causada por visões distorcidas.
Que enxergam algo que não existe.
sexta-feira, 16 de março de 2012
Receita para desapaixonar-se
Cubra seu coração com uma espessa camada de gelo.
Assegure-se de que ele deixe de pulsar por alguns segundos.
Aguarde até que o gelo derreta e escorra pelos olhos.
Deixe os olhos escorrer por dias, semanas, ou meses.
O tempo que for necessário até o coração estar novamente seco.
Coloque suas lágrimas em um frasco.
Presenteie o oceano com suas angústias.
Siga adiante preparada para começar tudo novamente.
Assegure-se de que ele deixe de pulsar por alguns segundos.
Aguarde até que o gelo derreta e escorra pelos olhos.
Deixe os olhos escorrer por dias, semanas, ou meses.
O tempo que for necessário até o coração estar novamente seco.
Coloque suas lágrimas em um frasco.
Presenteie o oceano com suas angústias.
Siga adiante preparada para começar tudo novamente.
domingo, 11 de março de 2012
Receita para acabar com os dias tristes
O mundo não é o verdadeiro culpado pelos dias tristes. Na realidade são os indivíduos que optam por eles. Ontem por exemplo eu acordei e resolvi ser triste. E sofri. Tive raiva dos outros. Senti pena de mim. Como doeu!
Sofri tragicamente até o instante que olhei para lua. Hipnotizada com sua luz amarela, esqueci de sofrer. Não tive qualquer dor e foi tão natural. Aquele instante pleno de contemplação me fez perceber que posso sofrer somente quando opto por isso.
Não que eu desista ou fuja da tristeza. Pois meus olhos a vêem como algo belo. Algo capaz de desmanchar feridas, algo de delimita o que é valorizado por nós. Mas poder optar por ela ao invés de ser vítima de suas garras é o que eu chamo de liberdade.
Sofri tragicamente até o instante que olhei para lua. Hipnotizada com sua luz amarela, esqueci de sofrer. Não tive qualquer dor e foi tão natural. Aquele instante pleno de contemplação me fez perceber que posso sofrer somente quando opto por isso.
Não que eu desista ou fuja da tristeza. Pois meus olhos a vêem como algo belo. Algo capaz de desmanchar feridas, algo de delimita o que é valorizado por nós. Mas poder optar por ela ao invés de ser vítima de suas garras é o que eu chamo de liberdade.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Os médicos não sabem nada
Quando eu era menina. minha mãe me ensinou a sempre que sentir qualquer dor ligar para o Dr. E assim eu fiz. Achando que os médicos sempre iam cuidar de mim, eu vivi a euforia do amor e deixei meu coração bater mais rápido, rápido e rápido! Um dia, meio a tante correria de pulsação, meu peito se abriu e congelei de tanta dor. Então, como sempre liguei para o Dr. Mas dessa vez, ele me disse que essa doença não tem cura e que o único jeito é esperar.
Por isso eu digo que os médicos não sabem de nada. Pois quando ocorre a maior dor de todas, eles simplismente nos mandam esperar, esperar ... e esperar.
Eu me pergunto, até quando eu precido esperar?
Por isso eu digo que os médicos não sabem de nada. Pois quando ocorre a maior dor de todas, eles simplismente nos mandam esperar, esperar ... e esperar.
Eu me pergunto, até quando eu precido esperar?
Sobre as Despedidas
O coração ainda quente da saudade do futuro, passou a bater mais devagar a cada instante.
Batia lentamente pois o moço que alimentava a caldeira, havia abandonado o serviço.
Batia lentamente pois o moço que alimentava a caldeira, havia abandonado o serviço.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Instante Triste
Hoje eu não quero falar sobre minha tristeza.
Prefiro pensar sobre o meu caminho.
Pensar com força que a cada porta que se fecha, várias outras se abrem.
Transformar isso num mantra.
Antes que a tristeza seque minhas pernas,
e eu estacione na saudades da utopia futura.
Prefiro pensar sobre o meu caminho.
Pensar com força que a cada porta que se fecha, várias outras se abrem.
Transformar isso num mantra.
Antes que a tristeza seque minhas pernas,
e eu estacione na saudades da utopia futura.
domingo, 4 de março de 2012
Sobre a Solidão
E mais uma vez constato que a solidão acompanhada é a mais triste de todas. Uma prova de que o indivíduo é único e que a conexão que gruda um ser humana a outro é tênue demais, e quase impossível de ser estabelecida.
Por isso, hoje eu parto novamente. Parto com o peito escorrendo de dores e com uma imensa saudade de um futuro impossível.
Vou em busca de alguém. Qualquer um. Melhor seria, se sinceramente, esse alguém fosse eu. Achasse a conexão em mim. Mas eu duvido tanto. No fundo o amor próprio só existe quando um outro nos prova de que somos dignos de ser amados.
Hoje parto em busca do amor. Melhor que um colo singular, é a solidão a caminho.
Por isso, hoje eu parto novamente. Parto com o peito escorrendo de dores e com uma imensa saudade de um futuro impossível.
Vou em busca de alguém. Qualquer um. Melhor seria, se sinceramente, esse alguém fosse eu. Achasse a conexão em mim. Mas eu duvido tanto. No fundo o amor próprio só existe quando um outro nos prova de que somos dignos de ser amados.
Hoje parto em busca do amor. Melhor que um colo singular, é a solidão a caminho.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Íris cheia de Luz
E num simples pulsar de momento íntimo Eleonora recebeu a luz e segou-se. Repleta de oxigênio bordô a moça inexplicavelmente não podia enxergar nada. Dessa vez ela teve certeza, acabara de ser atingida por aquele sentimento que ela tanto temia, a paixão.
Uma das grandes verdades da sabedoria popular é aquela que afirma que o amor é cego. Agora Eleonora entendera o que isso significava. A paixão vinha sim acompanhada da cegueira, mas uma cegueira decorrente da iluminação que ela provoca nos indivíduos. Como aquele momento em que saímos de um túnel escuro e não podemos ver nada devido tamanha claridão.
Meio ao desespero por não enxergar, a moça começou a chorar e a se contorcer na cama. Pensamentos de todos os gêneros perambularam por sua cabeça. Teve medo. E agora? O que eu vou fazer sem ver o mundo? Como faço para enxergar as pessoas e conseguir fazer as escolhas certas? Eleonora estava com medo pois acabara de perder a capacidade de ser sabia e justa, coisas que lhe eram caras.
Envolvida por aquela angustia, Eleonora ouve aquela voz suave e certeira que lhe provocara aquela abundância de luz. Calma menina, eu também não posso ver nada, mas mesmo sem saber o motivo, confio em você.
Aquele som ajudou sua retina dilatar cautelosamente, a luz dourada foi ficando suave, e de repente seus olhos podiam enxergar novamente, mas tudo estava diferente sob um névoa rosa pastel. Um novo mundo absolutamente desconhecido. Puxou aquele ar de uma substância desconhecida com força. Seu pulmão abriu. Aproveitou aquele impulso de coragem, pegou naquela mão, que assim como a sua estava há instantes, tremia. E disse, eu te guio.
E partiram para a descoberta do no novo mundo.
Uma das grandes verdades da sabedoria popular é aquela que afirma que o amor é cego. Agora Eleonora entendera o que isso significava. A paixão vinha sim acompanhada da cegueira, mas uma cegueira decorrente da iluminação que ela provoca nos indivíduos. Como aquele momento em que saímos de um túnel escuro e não podemos ver nada devido tamanha claridão.
Meio ao desespero por não enxergar, a moça começou a chorar e a se contorcer na cama. Pensamentos de todos os gêneros perambularam por sua cabeça. Teve medo. E agora? O que eu vou fazer sem ver o mundo? Como faço para enxergar as pessoas e conseguir fazer as escolhas certas? Eleonora estava com medo pois acabara de perder a capacidade de ser sabia e justa, coisas que lhe eram caras.
Envolvida por aquela angustia, Eleonora ouve aquela voz suave e certeira que lhe provocara aquela abundância de luz. Calma menina, eu também não posso ver nada, mas mesmo sem saber o motivo, confio em você.
Aquele som ajudou sua retina dilatar cautelosamente, a luz dourada foi ficando suave, e de repente seus olhos podiam enxergar novamente, mas tudo estava diferente sob um névoa rosa pastel. Um novo mundo absolutamente desconhecido. Puxou aquele ar de uma substância desconhecida com força. Seu pulmão abriu. Aproveitou aquele impulso de coragem, pegou naquela mão, que assim como a sua estava há instantes, tremia. E disse, eu te guio.
E partiram para a descoberta do no novo mundo.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Lamúrias da Carne
(incompleto)
Eu prendo esse tormento apaixonado que você me causa. Seguro com força, uma luta de vontade e contra-vontade. No fim da batalha, meu desejo vence e preencho meus olhos com essa paixão impossível. Paixão vulgar, solitária e sem ética.
Antes essa minha crise fosse só um problema da moral. Vai muito além. Paixão que destrói meus princípios. Gozo seu que me suja por dentro, que me transforma na vagabunda que sempre quis ser, mas não pude pois nunca consegui perder completamente a razão.
Eu prendo esse tormento apaixonado que você me causa. Seguro com força, uma luta de vontade e contra-vontade. No fim da batalha, meu desejo vence e preencho meus olhos com essa paixão impossível. Paixão vulgar, solitária e sem ética.
Antes essa minha crise fosse só um problema da moral. Vai muito além. Paixão que destrói meus princípios. Gozo seu que me suja por dentro, que me transforma na vagabunda que sempre quis ser, mas não pude pois nunca consegui perder completamente a razão.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Vulgar
Hoje reconheço minha vulgaridade.
Percebo que ela faz parte de minhas duas metades
Profana, que não quer amar e quer ser amada.
Hipócrita, que julga e não quer ser julgada.
Agora perdida apesar de toda minha moral sólida.
Pois amo sozinha, independente de minha capacidade de deliberar.
Razão em fúria.
Coração pulsando.
Cansada de mim.
Percebo que ela faz parte de minhas duas metades
Profana, que não quer amar e quer ser amada.
Hipócrita, que julga e não quer ser julgada.
Agora perdida apesar de toda minha moral sólida.
Pois amo sozinha, independente de minha capacidade de deliberar.
Razão em fúria.
Coração pulsando.
Cansada de mim.
Transbordo
Com este cheiro novo.
Que é tão volumoso e espesso que me faz escorrer.
Eu que já fui frágil ao ponto de precisar ser completada, hoje ocupo tando do meus ser que qualquer nuvem de sentimento obriga-me a transbordar.
Nesses instantes de agora, meus vazamentos causam enchentes.
Que é tão volumoso e espesso que me faz escorrer.
Eu que já fui frágil ao ponto de precisar ser completada, hoje ocupo tando do meus ser que qualquer nuvem de sentimento obriga-me a transbordar.
Nesses instantes de agora, meus vazamentos causam enchentes.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
TRANSFORMAÇÃO
Aquela dor que oprimia todo seu corpo obrigou Marie a abrir os olhos. Uma brisa quente meio um escuro marinho. Preferiu não se mexer para ver que horas eram. Teve medo que seus movimentos alcançassem os corpos que estavam ao seu redor, assim acordando-os. Resistiu nos lençóis engruvinhados por mais alguns instantes. Não aguentou. A dor espremia seus ossos tão intensamente que seu coração gritava acelerado.Sentou agressiva, da mesma forma que o faria caso estivesse sozinha naquele cômodo.
Notou que os outros não a percebiam. Estavam dormindo tão grotescamente. Só um terremoto poderia despertá-los. Se mesmo quando acordados seus movimentos e dores não os alcançavam, por que seria diferente quando dormindo, pensou.
Levantou, espreguiçou-se ocupando o maior espaço possível. Teve a sensação de que a culpada pela sua dor era a impessoalidade daquele quarto de hotel. Abriu sua mala como se fosse manhã. Pegou a primeira combinação que suas mãos encontraram. O escuro não permitia que seus olhos a julgassem, e na madruga há carência de olhos julgadores, saiu assim mesmo.
O atravessar daquela porta já deixou seu corpo anestesiado. Pela primeira vez saiu sem levar nada além da roupa do corpo. Nem mesmo a chave do quarto. Andou como andam aqueles que buscam um destino. O ar escuro e os passos que a levaram para tão longe daquele hotel aniquilaram sua dor. Remédio dos mais eficientes.
O sol começava a evidenciar suas primeiras estrias. Viu aquela luz como quem acorda pela primeira vez, correu de felicidade. Com pressa. Tinha ânsia de ver o mundo com os seus olhos novos pela primeira vez. Aquele ar cansativo, as gotas salgadas que encharcavam sua roupa, seus pés oprimidos pelo sapato. Eram esses os sintomas da tão desejada liberdade. Um pouco grotescos e agressivos, pensou. Mas absolutamente seus, sem qualquer alteração provocada pela consciência de olhos externos.
Enfim chegara diante do mar. Já era dia. Mas tão prematuro dia que ainda era protegida pela solidão. Tirou os sapatos apertados e as meias molhadas. Sentiu os grãos de areia se integrarem aos seus pés, como se fizessem parte do seu corpo. Andou devagar. Lágrimas tímidas deslizavam na sua face. Parou novamente. Deixou na areia um rastro de tecidos opressores e completamente nua, vestiu-se com a água do mar. Deu um último suspiro, e mergulhou feliz para aquela tão necessária liberdade.
Nunca mais voltou para os quartos de hotéis.
Notou que os outros não a percebiam. Estavam dormindo tão grotescamente. Só um terremoto poderia despertá-los. Se mesmo quando acordados seus movimentos e dores não os alcançavam, por que seria diferente quando dormindo, pensou.
Levantou, espreguiçou-se ocupando o maior espaço possível. Teve a sensação de que a culpada pela sua dor era a impessoalidade daquele quarto de hotel. Abriu sua mala como se fosse manhã. Pegou a primeira combinação que suas mãos encontraram. O escuro não permitia que seus olhos a julgassem, e na madruga há carência de olhos julgadores, saiu assim mesmo.
O atravessar daquela porta já deixou seu corpo anestesiado. Pela primeira vez saiu sem levar nada além da roupa do corpo. Nem mesmo a chave do quarto. Andou como andam aqueles que buscam um destino. O ar escuro e os passos que a levaram para tão longe daquele hotel aniquilaram sua dor. Remédio dos mais eficientes.
O sol começava a evidenciar suas primeiras estrias. Viu aquela luz como quem acorda pela primeira vez, correu de felicidade. Com pressa. Tinha ânsia de ver o mundo com os seus olhos novos pela primeira vez. Aquele ar cansativo, as gotas salgadas que encharcavam sua roupa, seus pés oprimidos pelo sapato. Eram esses os sintomas da tão desejada liberdade. Um pouco grotescos e agressivos, pensou. Mas absolutamente seus, sem qualquer alteração provocada pela consciência de olhos externos.
Enfim chegara diante do mar. Já era dia. Mas tão prematuro dia que ainda era protegida pela solidão. Tirou os sapatos apertados e as meias molhadas. Sentiu os grãos de areia se integrarem aos seus pés, como se fizessem parte do seu corpo. Andou devagar. Lágrimas tímidas deslizavam na sua face. Parou novamente. Deixou na areia um rastro de tecidos opressores e completamente nua, vestiu-se com a água do mar. Deu um último suspiro, e mergulhou feliz para aquela tão necessária liberdade.
Nunca mais voltou para os quartos de hotéis.
domingo, 22 de janeiro de 2012
Atmosfera Espessa
Toco-te!
Sinto o pesar da atmosfera,
Aquele que só dois corpos são capazes de provocar.
Acovardo-me diante da possibilidade de escorrer amanhã,
O rio de lágrimas que escorria ontem.
Coragem mulher!
E respira esse oxigênio que te faz flamejar.
Sinto o pesar da atmosfera,
Aquele que só dois corpos são capazes de provocar.
Acovardo-me diante da possibilidade de escorrer amanhã,
O rio de lágrimas que escorria ontem.
Coragem mulher!
E respira esse oxigênio que te faz flamejar.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Sobre os vazios
A ausência do seu afeto transborda para o meu ventre.
Assim, ocupo mais espaço no mundo, forçando-lhe a me notar.
FIM
Assim, ocupo mais espaço no mundo, forçando-lhe a me notar.
FIM
Oração ao meu pai
Pai meu que estais aqui
Santificado seja vosso nome
Venha vós ao meu reino, imploro
Não seja feita sua vontade,
Nem na terra ou no céu.
O pão nosso de cada dia me dais hoje, não amanhã.
Mas livrais-me do teu mal.
Amém
Santificado seja vosso nome
Venha vós ao meu reino, imploro
Não seja feita sua vontade,
Nem na terra ou no céu.
O pão nosso de cada dia me dais hoje, não amanhã.
Mas livrais-me do teu mal.
Amém
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Sua presença
Meu peito já sentia o calor da tua pele branca, e no instante que seus olhos azuis encostarão os meus, encontrei o pedaço de alma que me faltava.
Desconhecida ou distante eu te sinto. És sempre presente.
As almas se completam mesmo quando fragmentadas em dois corpos.
Sempre que os girassóis de teus cabelos iluminam meu chão cinza, respiro, e sinto o cheiro vivo do mar de teus olhos.
És o meu delicado essencial.
Sempre que por perto, torno-me completa.
Desconhecida ou distante eu te sinto. És sempre presente.
As almas se completam mesmo quando fragmentadas em dois corpos.
Sempre que os girassóis de teus cabelos iluminam meu chão cinza, respiro, e sinto o cheiro vivo do mar de teus olhos.
És o meu delicado essencial.
Sempre que por perto, torno-me completa.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Sobre amores esgotados.
Eu só queria que você soubesse interpretar as entrelinhas quando eu digo que "não te amo mais".
Eu só queria que você tomasse como verdadeiras todas as juras de amor eterno que já lhe fiz.
Eu só queria que você lembra-se que para mim uma vez amor, sempre amor.
Ai como doi quando você me cobra algo com esses seus olhos que me fitam, mas não vêem nada.
Doi muito mais, saber que sua cobrança é só cobrança. E a certeza dela doer muito mais em mim do que em ti.
Se eu fujo, é porque constatar que te amo da mesma forma que amo os outros, doi.
E por isso de eu procurar aquele amor que senti por ti, no sexo de outros.
Mas sempre, sempre. Que desconfio encontrar uma fagulha daquele amor, fujo. Pois aquele amor foi só teu.
E a dor do amor esgotado é muito maior que a dor da ausência do amor.
Eu só queria que você tomasse como verdadeiras todas as juras de amor eterno que já lhe fiz.
Eu só queria que você lembra-se que para mim uma vez amor, sempre amor.
Ai como doi quando você me cobra algo com esses seus olhos que me fitam, mas não vêem nada.
Doi muito mais, saber que sua cobrança é só cobrança. E a certeza dela doer muito mais em mim do que em ti.
Se eu fujo, é porque constatar que te amo da mesma forma que amo os outros, doi.
E por isso de eu procurar aquele amor que senti por ti, no sexo de outros.
Mas sempre, sempre. Que desconfio encontrar uma fagulha daquele amor, fujo. Pois aquele amor foi só teu.
E a dor do amor esgotado é muito maior que a dor da ausência do amor.
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